terça-feira, 15 de setembro de 2015

Somos Igreja Jovem em Saída


A pastoral exige de nós que sejamos uma igreja em saída.

Enquanto grupo de jovens, saída do templo para a comunidade bairro, para o conselho de moradores, para a partilha da vida e do pão.

Enquanto diocese, saída da cúria para as periferias, para as câmaras municipais, para visitar os grupos.

Enquanto regional, saída dos encontros, ampliadas, assembleias, para a articulação dos conselhos de juventude, direitos humanos, tutelares, para as santas missões, para os movimentos sociais.

Enquanto nacional, saída da CEPJ, da CNBB, para as marchas contra o extermínio, para o enfrentamento às forças policiais e repressoras do estado, para a construção dos projetos que envolvem e norteiam a vida das juventudes em nosso país.

Em contra-partida, a atual conjuntura social e eclesial deseja obrigar-nos a vivermos solitários. Tentam instalar o medo de sair às ruas do bairro encontrar com os vizinhos, medo de sair em marcha contra as elites, medo de se organizar em movimentos sociais. As paróquias estão virando ilhas, que não compreendem o espaço diocesano como de construção da identidade e vivência da espiritualidade, além da reafirmação das causas evangélicas.

É por isso que outras propostas, que não as pastorais, parecem receber mais apoio, parecem encantar mais: porque o individualismo e o imediatismo tomou conta da sociedade e da Igreja, enquanto que nós, Pastoral Da Juventude, sonhamos e fazemos em conjunto, com todos e todas e para todos e todas.

Não nos enganemos: a utopia que nos faz caminhar é a proposta da civilização do amor. E, como disse o negro de Nazaré, nem as autoridades da sociedade, nem os sacerdotes do templo, estão interessados nessa proposta.

Sigamos fiéis ao amor a Deus, à criação e às criaturas.

Amém. Axé. Awere. Aleluia.

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