Cheguei na periferia
Achando-me o tal
Pensei que veria uma juventude
Sem um único ideal
Vi os caras e as minas chegando,
Como quem não querem nada
E então lançaram a poesia,
A poesia da quebrada
Arregalei meus olhos,
Senti no coração
Quem foi que disse que na favela
Não tem inspiração?
Mesmo sofrendo as mazelas
Do nosso mundo desigual
A galera aqui manda
Um verso pouco tradicional
É carregado de emoção,
Realidade e luta
É contra a violência, contra o tráfico,
Defende uma boa conduta
E, assim, boquiaberto com o que vi,
Chamei meu amigo Mendonça
Para amar e mudar as coisas
Comigo, no Sarau da Onça.
27/04/2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário