sexta-feira, 4 de abril de 2014

Pensando na Morte

Talvez o único tema que a ciência encare como indecifrável é "O que acontece após a morte". Vez, ou outra, esse pensamento nos toma, principalmente quando uma pessoa próxima morre, sem que esperássemos. Para mim, que julgo ter um pensamento avançado sobre isso (considerando o cristianismo), parece ser uma linha muito mais tênue do que imaginamos. Por isso, já disse que o melhor a fazer é viver nos "dois mundos", porque o mundo de agora será decisivo para o mundo transcendente, o qual não possui tempo, nem fim.

O fato de que cada um, solitariamente, passará pela porta, terá seus olhos abertos e poderá deslumbrar a compreensão inimaginável do ser e do ente; me faz mergulhar em pensamentos que caminham por um labirinto infinito. Se não houver nada depois da porta, nada será relevante, nem os que acreditam que há algo, nem os que não acreditam. Mas se houver, se nós próprios experimentarmos a paz e pudermos nos olhar, esse mundo fará muita falta para alguns e muita graça para muitos.

É uma louca sensação de estar pelo mundo inteiro, com o mundo inteiro, repartindo o sentimento de pertença à Paz. É como sentir o bater do coração de cada um e de cada uma. É como saber que mais nada me acontecerá.

A morte, chamada de irmã por São Francisco de Assis, é a porta por onde passaremos, sem dor, completamente conscientes e preparados para rever tudo, mas sem direito a escolhas.

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