segunda-feira, 20 de maio de 2013

A mudança Clama para existir:


Dedico esse texto ao Saudoso Professor Genevando Xavier, que nos deixou no dia 01/02/2013 e além de ter ajudado na minha formação, foi meu grande mestre nas três últimas semanas, antes de sua partida; quando fiz estágio com ele. Fiz esse texto durante uma de suas aulas. Acredito que, infelizmente, estamos num ciclo vicioso, que precisa de pessoas muito corajosas para mudar os rumos que nossa educação pública mostra ter hoje.

A mudança Clama para existir:

O problema estrutural da educação básica brasileira é a mentalidade dos estudantes. Algo, ou alguém, faz as crianças e adolescentes encararem a escola como um local apenas para se construir amizades e/ou relações conflituosas com outros estudantes. Por mais que alguns compreendam o valor que a escola tem para o seu futuro, a porcentagem desses ainda é muito pequena. É cultural: no Brasil, alguém que gosta de estudar, que é disciplinado e que tem boas notas é excluído das rodas de amizade e, como todos sabem, o bullying acontece. A TV é inimiga número um da boa conduta escolar e a internet tomará esse posto em pouco tempo.

Em todas as instâncias sociais de nosso país, ser aprovado em universidades públicas ainda é digno de algum reconhecimento. Mas o problema está aí! A Universidade precisa ser um meio de se chegar ao emprego desejado, mas hoje a aprovação no vestibular é um fim em si mesma. A escola, atualmente, tem um único objetivo: preparar os estudantes para o vestibular, nunca para a vida. Esquecemo-nos que nem todos terão lugar no ensino superior, que ainda se utiliza de mecanismos arcaicos para avaliar quem está apto, ou não, para o ingresso. Enfim, somente uma prova (ou até cinco) define(m) o futuro de milhões de brasileiros, todos os anos; já que ser aprovado é o auge, como prega a sociedade.

A escola precisa ser reconstruída do zero. Um beija-flor, no meio do incêndio, pode ajudar, se conseguir garantir que onde ele já jogou água, não se incendiará novamente. É isso que os professores devem começar a fazer. Um estudante, seja ele quem for e de onde veio, precisa subir degraus, ao encontrar professores. O ensino deve levar o estudante a querer investigar, fora da escola, o que ele viu em sala de aula. É um complexo e dinâmico problema, que acaba recaindo sobre os colos do sistema, que tem todos os artifícios e todas as manhas para fazer isso acontecer.
Somos só formigas tentando levar folhas gigantes para casa.

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